Este site não pertence a Igreja Católica da realidade. Somos uma representação dela em um jogo Minecraft.

SANTA IGREJA DO MINECRAFT - 2025

ANO SANTO JUBILAR - 2025 | PEREGRINOS DE ESPERANÇA

Encíclica Papal | "Veritas in Cordibus"

 ENCÍCLICA PAPAL
"VERITAS IN CORDIBUS"
DE SUA SANTIDADE O 
PAPA ANTÔNIO 
SOBRE A TRADIÇÃO E A HUMILDADE
  
ANTONIUS, EPISCOPUS
SERVUM SERVORUM DEI

AD PERPETUAM REI MEMORIAM

Aos estimados irmãos bispos, presbíteros, diáconos e leigos, e a todos os que lerem estas letras, saudação e benção apostólica.

INTRODUÇÃO 
PROÊMIO

1. No Antigo Testamento, Deus, por meio de Seus profetas, chamou Israel à conversão do coração, lembrando-lhes de que Ele não se agradava de sacrifícios vazios, mas de corações sinceros, quebrantados e humildes. No Novo Testamento, Cristo, o Verbo feito carne, reiterou essa mensagem de forma contundente, denunciando aqueles que se opunham à sua palavra e tomavam a Lei de Deus como um instrumento de opressão, enquanto negligenciavam a justiça, a misericórdia e a fé. Através de sua vida, Cristo nos deu o exemplo perfeito de adoração, que não se limita à obediência mecânica a preceitos externos, mas nasce de um coração verdadeiramente transformado pela graça.

2. É fundamental que, como Igreja, possamos revisitar o cerne do cristianismo e redescobrir o espírito da verdadeira adoração. Devemos examinar se estamos, de fato, vivendo a fé de forma sincera, ou se, ao contrário, estamos presos a um ritualismo vazio que nega a essência do Evangelho. Esta Encíclica é uma chamada urgente para que a Igreja, em sua totalidade, retorne ao fundamental: a fé verdadeira, nascida no coração, que se reflete em ações concretas de amor, misericórdia e justiça.

CAPÍTULO I
O FARISAÍSMO MODERNO

3. O farisaísmo não é algo que pertence ao passado, nem é um mal superado. Ao contrário, ele persiste com formas muitas vezes mais sutis e insidiosas. Como nos lembra o evangelho, os fariseus de seu tempo eram zelosos observadores da Lei, mas sua fidelidade era meramente exterior. Eles se orgulhavam de suas práticas religiosas, de sua precisão ritualística, mas seus corações estavam longe de Deus. Este é o perigo de todo zelo sem misericórdia, de toda obediência sem humildade. Cristo, em sua compaixão radical, não rejeitava a Lei, mas a purificava, tornando-a um meio para a transformação interior, não um fim em si mesma.

4. Hoje, muitos cristãos caem no mesmo erro, vivendo uma fé baseada em formalidades externas e julgamentos de aparência. Em nome da pureza da tradição, muitos perdem a pureza do coração. Buscam obsessivamente a conformidade com os gestos, as posturas, os ritos, enquanto negligenciam o amor ao próximo, a prática da justiça e o serviço humilde. A Igreja, que deve ser o lugar onde os pecadores encontram a graça e onde a misericórdia é derramada sem limites, muitas vezes se torna um tribunal de condenação, onde as falhas externas dos outros são escrutinadas com fervor, mas a falha do coração é ignorada.

5. É preciso uma conversão radical, uma transformação que vá além das aparências. Cristo não veio para reforçar as normas humanas, mas para nos libertar de todas as amarras do legalismo, que aprisionam o espírito e impedem a verdadeira adoração. Somos chamados a imitar a Cristo, que, ao invés de condenar a mulher adúltera, a acolheu e lhe disse: "Vai, e não peques mais" (Jo 8,11). Esse é o espírito que deve animar toda a nossa fé, o desejo profundo de transformar o coração, e não simplesmente cumprir rituais e tradições sem vida. 

CAPÍTULO II
O VERDADEIRO CULTO A DEUS

6. A adoração verdadeira não é um espetáculo de gestos ou um desfile de vestes; ela é uma entrega do coração, uma comunhão íntima e verdadeira com o Senhor. Deus nos ensina em Sua Palavra que Ele não se agrada de sacrifícios vazios. "O sacrifício que agradará a Deus é um espírito contrito; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás" (Sl 51,17).

7. Cristo não veio para substituir o culto, mas para dar-lhe o sentido pleno. O culto a Deus, em espírito e verdade, é aquele que brota de um coração purificado, transformado pela Sua graça. Este é o culto que Deus aceita, e não aquele que se limita à conformidade com normas humanas que, por mais belas que sejam, não tocam o coração do ser humano.

8. Este é o verdadeiro culto que o cristão deve oferecer: um culto que se expressa não apenas nas palavras da oração, mas nas ações de misericórdia, na justiça, no serviço aos pobres, na paz que buscamos entre os irmãos. Não se trata de negar a importância das normas litúrgicas ou da beleza do culto, mas de reconhecer que, sem a transformação interior, todo gesto litúrgico não passa de um vazio. A liturgia deve ser a expressão de uma vida já transformada, não um simples espetáculo de perfeição exterior.

9. Por isso, a Igreja deve ser sempre vigilante para que seus fiéis não se percam em formalismos e nas observâncias externas que se tornam fins em si mesmos. O rigorismo que sufoca a caridade é tão prejudicial quanto a relativização da verdade. Precisamos restaurar, em nosso coração e em nossa vida, o culto que Deus deseja: um culto vivido com coração puro, com mãos limpas, e com pés dispostos a andar pelos caminhos do Senhor. Não há verdadeira adoração sem a prática do bem, sem a luta pela justiça, sem o amor ao próximo.

CAPÍTULO III
A PRISÃO EM COSTUMES

10. Não se deve em nenhum momento negligenciar ou depreciar a Tradição, que é o grande tesouro da Igreja, a memória viva da fé que nos foi transmitida pelos apóstolos. Contudo, a Tradição, enquanto meio de salvação, nunca deve ser confundida com tradições humanas que, embora possam ter valor, não pertencem ao cerne do Evangelho. Quando as tradições humanas começam a ocupar o lugar da Tradição apostólica, o cristão corre o risco de perder o verdadeiro sentido da fé, tornando-se prisioneiro de normas e práticas que não conduzem ao coração de Deus, mas ao culto das aparências.

11. Muitos, infelizmente, estão tão presos a tradições culturais e sociais que não conseguem perceber a verdadeira essência do Evangelho. Eles defendem uma visão rígida da Igreja, baseada em uma moralidade externa, e esquecem-se de que a verdadeira moralidade cristã não se limita a um conjunto de regras, mas nasce do coração purificado pelo amor de Deus. A Igreja não é uma prisão, mas um hospital para os pecadores, um campo de batalha onde o Espírito Santo nos forma para ser santos. As tradições da Igreja, que são boas e santas, devem nos aproximar do coração de Cristo, e não nos afastar dele.

12. Portanto, não devemos fazer da Tradição um ídolo. Se a Tradição não nos conduz a Cristo, ela se torna um fardo insuportável. A verdadeira Tradição nunca nos aprisiona, mas nos liberta para uma vida de serviço a Deus e ao próximo. É hora de revisar o modo como vivemos nossa fé e como transmitimos a Tradição. Precisamos aprender a distinguir entre o essencial e o acidental, entre o que é doutrina de salvação e o que é mera convenção humana.

CAPÍTULO IV
OS CORAÇÕES CONVERTIDOS

13. A verdadeira Igreja de Cristo é uma Igreja de corações convertidos, não uma Igreja de convenções sociais ou de normas sem alma. Cristo não veio para estabelecer uma nova ordem de rituais ou para criar uma religião de perfeição exterior. Ele veio para nos dar uma vida nova, uma vida transformada pela graça, uma vida em que a misericórdia, a paz e a justiça são as verdadeiras normas. A verdadeira Igreja é aquela que reflete a luz de Cristo no mundo, e essa luz não vem da perfeição dos rituais, mas da santidade vivida em cada um de nós.

14. A santidade verdadeira não é um padrão de comportamentos ou de observância de normas, mas uma abertura ao Espírito Santo, que nos transforma por dentro, para que possamos ser testemunhas vivas do amor de Deus no mundo. O cristianismo não é um conjunto de regras externas, mas um chamado à conversão do coração, uma chamada para seguir Cristo de maneira radical, amando como Ele amou, perdoando como Ele perdoou. 

CAPÍTULO V
A IGREJA E O MUNDO

15. A missão da Igreja no mundo de hoje não é apenas de ensinar normas e rituais, mas de ser um farol de transformação interior. O cristão é chamado a ser luz no mundo, e essa luz não vem de práticas exteriores, mas de uma vida vivida com autenticidade e amor. Cristo não nos enviou ao mundo para sermos perfeitos em aparências, mas para sermos testemunhas vivas de Sua graça transformadora.

16. A Igreja não é uma instituição de julgamento, mas de acolhimento, de perdão e de cura. O Papa não é um juiz distante, mas um servo da misericórdia, chamando todos a retornar ao coração de Deus. Somente quando a Igreja se reconcilia com a sua verdadeira missão – ser a luz do mundo e o sal da terra – é que ela pode realmente transformar as vidas daqueles a quem serve. Quando nos perdemos nas aparências, nas convenções e nas tradições sem vida, acabamos por nos distanciar da verdadeira missão que nos foi confiada.

17. A transformação do coração é o centro da missão cristã. Somente quando nossa vida interior é radicalmente renovada, é que poderemos transformar verdadeiramente o mundo ao nosso redor. Os cristãos não são chamados para uma vida de comodidade, mas para uma vida de sacrifício e serviço. A Igreja, enquanto Corpo de Cristo, deve ser a principal testemunha dessa transformação interior, que começa em cada coração e se expande até alcançar todos os cantos do mundo.

CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS

18. A renovação que buscamos não é uma simples mudança externa, mas uma transformação radical de nossos corações, de nossos pensamentos e de nossas ações. O cristianismo não é uma religião de conformidade externa, mas de uma revolução interior que se reflete na maneira como amamos, como servimos e como vivemos. A verdadeira fé cristã não se prende a tradições e regras vazias, mas se fundamenta na pureza do coração, no amor incondicional e no desejo de seguir a Cristo com todas as forças.

19. A Igreja, como Corpo de Cristo, deve ser um testemunho vivo desse chamado. Devemos ser uma comunidade de corações transformados, onde o amor e a misericórdia de Deus se tornam evidentes nas nossas ações diárias. Não podemos nos perder nas formalidades e nos rituais; devemos sempre buscar a essência do Evangelho, que é o amor de Deus por nós e nossa resposta a esse amor. Ao nos aproximarmos de Deus com corações humildes e sinceros, podemos ser verdadeiramente o Corpo de Cristo no mundo, levando aos outros a luz da Sua verdade.

20. A verdadeira adoração a Deus começa no coração. Não são as vestes ou os rituais que agradam a Deus, mas a sinceridade do nosso amor, a pureza de nossas intenções e o desejo profundo de viver a Sua vontade. Que possamos, portanto, renovar nossa fé em Cristo, buscando primeiro o reino de Deus e Sua justiça, e deixando que todas as outras coisas sejam acrescentadas em Sua graça. Que nossa Igreja seja, sempre, um lugar de conversão, de cura e de misericórdia, onde todos são chamados a experimentar a profundidade do amor de Deus e a vivê-lo com autenticidade.

Dado e Passado em Roma, junto a São Pedro, aos 11 dias do Mês de Fevereiro, memória de Nossa Senhora de Lourdes, do Ano Jubilar do Senhor de 2025, segundo de nosso pontificado. 

 Antonivs, Pp.
Pontifex Maximvs