Este site não pertence a Igreja Católica da realidade. Somos uma representação dela em um jogo Minecraft.

SANTA IGREJA DO MINECRAFT - 2025

ANO SANTO JUBILAR - 2025 | PEREGRINOS DE ESPERANÇA

Instrução Litúrgica "Immolatur Agnus" | Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos

 Prot. 002/24

DOM PEDRO SCHNEIDER CARDEAL PAROLIN 
POR MERCÊ DE DEUS E DA SANTA SÉ APOSTÓLICA
PREFEITO DO DICASTÉRIO PARA O CULTO DIVINO E A DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS

Cidade-Estado do Vaticano, 07 de Dezembro de 2024.

INTRODUÇÃO
PROÊMIO

  1. A celebração litúrgica ocupa lugar central na vida da Igreja, sendo o ponto culminante de sua missão evangelizadora e a fonte inesgotável de santificação do povo de Deus. Nesta, os fiéis têm um encontro profundo com Cristo, por meio da Palavra, dos sacramentos e da vida comunitária.

  2. A liturgia, em sua riqueza espiritual e simbólica, necessita de elementos que expressem sua dignidade e auxiliem os fiéis a entrarem em comunhão plena com o mistério celebrado. Entre esses elementos destacam-se os cantos litúrgicos, as vestes sagradas e a ornamentação dos espaços litúrgicos, que, juntos, contribuem para a solenidade e a beleza da celebração.

  3. Este Diretório visa oferecer orientações claras e normativas sobre esses aspectos, garantindo que cada um deles seja realizado com a devida reverência, em conformidade com as tradições da Igreja e as disposições do magistério. Assim, busca-se promover uma experiência litúrgica autêntica, capaz de elevar o coração dos fiéis a Deus e edificar a comunidade de forma harmônica e ordenada.

  4. Que este Diretório seja um instrumento valioso para sacerdotes, ministros, músicos e todos os envolvidos no serviço litúrgico, inspirando-os a realizar com zelo e santidade as funções que lhes foram confiadas.


Art. 1º - Cantos Litúrgicos:

  1. Natureza e Finalidade: Os cantos litúrgicos são elementos essenciais da celebração, destinados a glorificar a Deus e santificar os fiéis. Eles devem estar em consonância com o tempo litúrgico, o rito celebrado e a espiritualidade da assembleia.

  2. Escolha dos Cantos:

    • Devem ser prioritariamente selecionados cantos com textos aprovados pela Igreja, extraídos do Gradual Romano, Gradual Simples ou outros repertórios reconhecidos.

    • A melodia deve favorecer a participação ativa dos fiéis, sendo acessível, mas sem comprometer a solenidade.

  3. Cantos Próprios de Cada Celebração:

    • Durante a Santa Missa, certos cantos possuem caráter imutável e são centrais à celebração, como o Glória, o Credo, o Sanctus e o Agnus Dei, que não devem ser alterados ou substituídos.

    • O Salmo Responsorial deve sempre respeitar o texto aprovado, sem adaptações que alterem seu conteúdo teológico.

    • Para celebrações específicas, como batismos, matrimônios ou funerais, os cantos devem respeitar as diretrizes litúrgicas pertinentes.

  4. Instrumentação e Execução:

    • Os instrumentos musicais utilizados devem respeitar a dignidade e a sacralidade do momento litúrgico, sendo recomendáveis o órgão e outros instrumentos que favoreçam o ambiente de oração.

    • Evita-se o uso de estilos musicais incompatíveis com o caráter sagrado da liturgia, como ritmos excessivamente profanos ou que distraiam a assembleia.

  5. Recomendações para Músicos:

    • Os responsáveis pelo canto e pela música devem ser devidamente preparados, tanto tecnicamente quanto espiritualmente, para desempenharem sua função com competência e devoção.

    • O silêncio também é parte integrante da liturgia; por isso, deve-se evitar preencher todos os momentos com música, permitindo espaços para a meditação e a oração.


Art. 2° - Vestes Litúrgicas:

  1. Vestes do Celebrante:

    • Casula: É recomendada para o celebrante em todas as Missas públicas, tanto semanais quanto dominicais, para destacar a solenidade do ato litúrgico.

    • Estola: Esta poderá ser utilizada para a co-celebração, todavia o celebrante sempre deve atender os critérios de utilizar a casula.

  2. Outras Vestes:

    • Dalmática: Reservada ao diácono durante as celebrações litúrgicas.

    • Alva: Veste comum a todos os ministros, utilizada sempre em conjunto com as demais vestes apropriadas.

    • Pluvial: Usada em celebrações não eucarísticas, como procissões e adoração eucarística.

  3. Cores Litúrgicas:

    • A escolha da cor segue o tempo litúrgico e a celebração: branco, verde, vermelho, roxo, entre outras.

  4. Conservação e Decoro:

    • As vestes devem ser mantidas limpas e bem conservadas, refletindo o respeito devido ao serviço litúrgico.

    • O uso de vestes inadequadas ou fora das normas litúrgicas é estritamente proibido.


Art. 3º - Ornamentação:

  1. Finalidade da Ornamentação: A ornamentação dos espaços litúrgicos deve favorecer a oração, a participação ativa e o clima de reverência durante a celebração. Ela deve ser realizada com sobriedade e bom gosto, evitando exageros ou elementos que desviem a atenção do mistério celebrado.

  2. Altares e Ambão:

    • O altar, centro da celebração eucarística, deve ser ornamentado com dignidade, utilizando toalhas e as velas com o crucifixo. 

    • Ressaltamos a proibição de depositar sobre o altar qualquer objeto que esteja fora dos elementos utilizados na Santa Missa, como vaso de arranjos dentro outros. 

    • O ambão, destinado à proclamação da Palavra de Deus, deve ser reservado exclusivamente para este fim, sem ornamentos que o descaracterizem.

  3. Flores e Decoração:

    • As flores podem ser utilizadas para adornar o espaço litúrgico, desde que com moderação e de acordo com o tempo litúrgico. Durante o Advento e a Quaresma, recomenda-se simplicidade.

  4. Velas e Iluminação:

    • As velas, sinal de Cristo luz do mundo, devem ser dispostas com decoro no altar e em outros locais apropriados.

    • A iluminação deve ser planejada para destacar os elementos essenciais da celebração, criando um ambiente acolhedor e sacro.

  5. Imagens e Objetos Sacros:

    • As imagens de santos e os objetos sacros devem ser dispostos de forma que inspirem devoção e respeito, evitando sobrecarga visual.


CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este Diretório pretende ser um guia prático e normativo para que todos os aspectos relacionados aos cantos, vestes e ornamentação sejam realizados com a devida dignidade e em conformidade com a tradição litúrgica da Igreja. Que, por meio do zelo e da observância dessas orientações, nossas celebrações sejam cada vez mais capazes de refletir a glória de Deus e edificar espiritualmente o povo de Deus.

Sendo assim, estimados irmãos, tendo isto como norte decretamos que tudo aqui prescrito seja obrigatoriamente utilizado e respeitado de acordo com as diretrizes estabelecidas neste decreto.

Por fim, rogamos e pedimos a Santíssima Virgem Maria, sua intercessão para trabalharmos de forma prática e eficaz, afim de manter a organização para os fins Litúrgicos, enquanto servidores do Reino de Deus.


 Pedro Schneider Card. Parolin, FSJPII
Prefeito do Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos


E eu o subscrevo;

 Carlos Henrique Forgione
Tituli di Diocletiana