BULA PAPAL
"SPIRITUS QUI RENOVAT"
DE SUA SANTIDADE O
PAPA ANTÔNIO
PARA CONVOCAÇÃO DO
SÍNODO DOS BISPOS - 2025
DE SUA SANTIDADE O
PAPA ANTÔNIO
PARA CONVOCAÇÃO DO
SÍNODO DOS BISPOS - 2025
“Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16,18).
1. Ao meditarmos sobre as palavras de Cristo dirigidas ao Apóstolo Pedro, reconhecemos com gratidão o fundamento da nossa fé e a missão que nos foi confiada: conservar e expandir o rebanho do Senhor, fiel ao Evangelho e às tradições apostólicas. Este mandato nos convoca continuamente à renovação, à escuta do Espírito e à ação pastoral, para que a Igreja, como Mãe e Mestra, permaneça viva, dinâmica e sempre a serviço do Reino de Deus.
2. Inspirados pela herança do Concílio Ecumênico Vaticano I, convocado e realizado sob a guia do Espírito Santo por nosso venerado predecessor, o Papa Gabriel Magno, sentimo-nos impelidos a continuar este caminho de discernimento e reforma. A luz lançada por aquele Concílio sobre a necessidade de aprofundamento das questões litúrgicas e canônicas nos chama agora a um novo momento de reflexão e ação.
3. É com este espírito que anunciamos e convocamos o Sínodo dos Bispos, a ser celebrado nos dias 21, 22 e 23 de fevereiro de 2025, em comunhão com a Festa da Cátedra de São Pedro, símbolo da unidade e da autoridade apostólica. Este encontro, sob a proteção de São Pedro, buscará levar adiante o projeto de renovação iniciado pelo Concílio, promovendo uma Igreja mais santa, mais fiel ao seu Senhor e mais atenta às necessidades do mundo contemporâneo.
Conscientes dos desafios e das esperanças que marcam nosso tempo, delineamos como objetivos fundamentais deste Sínodo:
I. Âmbito Litúrgico: Aprofundar as reformas litúrgicas propostas pelo Concílio de 2023, assegurando que a celebração dos mistérios sagrados expresse de maneira plena a fé, a beleza e a espiritualidade da Igreja, e que favoreça a participação ativa de todos os fiéis.
II. Âmbito Canônico: Estudar as normas do Direito Canônico à luz das exigências pastorais, promovendo a justiça, a caridade e a unidade na vida eclesial.
III. Unidade eclesial: Fortalecer os laços de comunhão entre as diversas igrejas particulares, para que, em meio às diferenças culturais, brilhe a unidade da fé e do testemunho cristão.
IV. Discernimento pastoral: Identificar caminhos concretos para responder às questões emergentes do nosso tempo, como a secularização, os desafios éticos e a missão evangelizadora em um mundo cada vez mais plural.
4. Conscientes de que toda reforma eclesial só pode florescer se enraizada na oração e na docilidade ao Espírito Santo, conclamamos toda a Igreja a unir-se a esta intenção. Que este período de preparação seja marcado por uma intensa oração, pela escuta da Palavra de Deus e pela intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, e de São Pedro, nosso primeiro pastor.
5. Pedimos que todas as dioceses e paróquias organizem momentos de oração, adoração e reflexão, em comunhão com esta convocação universal. Que os bispos, sacerdotes e todos os agentes pastorais promovam consultas e escutas ao povo de Deus, para que as reflexões do Sínodo expressem a voz e o clamor da Igreja em todo o mundo.
6. O Sínodo será realizado na Basílica de São Pedro, no Vaticano, coração da cristandade e símbolo da unidade universal da Igreja. Convidamos os Bispos Diocesanos e Eparquiais, os representantes legítimos das Conferências Episcopais e da Igreja de Língua Espanhola (MX), bem como especialistas em liturgia, direito canônico e pastoral, a participarem deste evento singular.
7. Rogamos, por fim, que todos os fiéis ofereçam orações e sacrifícios pela frutuosidade deste Sínodo, invocando a sabedoria divina e a guia do Espírito Santo. Que, por meio deste encontro, possamos renovar nossa fidelidade a Cristo, que é o mesmo ontem, hoje e sempre.
Dado em Roma, junto de São Pedro, no vigésimo sétimo dia do mês de dezembro, no ano da graça de Nosso Senhor de 2024, primeiro de meu pontificado.