GABRIELVS, EPISCOPVS
“No colégio dos Doze, Simão Pedro ocupa o primeiro lugar. Jesus confiou-lhe uma missão única. Graças a uma revelação vinda do Pai, Pedro havia confessado: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16,16). Nosso Senhor lhe declara na ocasião: "Por isso eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as forças do Inferno não poderão vencê-la" (Mt 16,18). Cristo, "pedra viva"; garante à sua Igreja construída sobre Pedro a vitória sobre as potências de morte. Pedro, em razão da fé por ele confessada, permanecerá como a rocha inabalável da Igreja. Terá por missão defender esta fé de todo confirmar nela seus irmãos. Jesus confiou a Pedro uma autoridade específica: "Eu te darei as chaves do reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus" (Mt 16,19). O "poder das chaves" designa a autoridade para governar a casa de Deus, que é a Igreja. Jesus, "o Bom Pastor" (Jo 10,11), confirmou este encargo depois de sua ressurreição: "Apascenta minhas ovelhas" (Jo 21,15-17). Ο poder de "ligar e desligar" significa a autoridade para absolver os pecados, pronunciar juízos doutrinais e tomar decisões disciplinares na Igreja. Jesus confiou esta autoridade à Igreja pelo ministério dos Apóstolos e particularmente de Pedro, o único ao qual confiou explicitamente as chaves do Reino.” (Cf. CIC, 552-553).
Ao nos depararmos com a missão que outrora Cristo confiou ao seus, e enquanto sucessor do Bem Aventurado Pedro, nos é designada a magnânima missão de colaborar para com a Messe do Senhor, na propagação do seu evangelho e consequentemente, converter o mundo possuído pelo pecado que prende. A Igreja, passou por mais que a tornaram lugar que não deve ter procurado quando na velhice, mas espaço de constante encontro e comunhão com o Deus vivo e verdadeiro. Jaz a necessidade de exortar a realidade de não fecharmos as portas da Grei, as portas que dão acesso a um pedaço do céu, vivenciado na celebração da Santa Missa.
O nosso querido antecessor e primeiro Papa desta Urbe, Marcelino, in memoria, por questões pastorais, tornou através da Bula Papal “Sine fructu”, que quer dizer, sem fruto, sem esperança, tornou a Diocese de Roma, como sede administrativa, retirando o caráter diocesano, mesmo tendo o nome de diocese. Fora analisado por nós, no atual cenário, decidimos por bem, com a benção do Pai, reativar a mesma, em prol do crescimento da missão e da própria comunidade. Desse modo, tendo consultado o parecer do Sacro Conselho Papal e tendo suplicado a orientação divina, damos pois com a nossa autoridade apostólica, a CONCESSÃO de CARÁTER DIOCESANO à Diocese de Roma - IT, com todas as deliberações, obrigações e direitos de uma Igreja Particular. Sob cuidados dos nossos colaboradores, a mensagem salvífica de Cristo e o crescimento integral, espiritual e administrativo, será realidade se for da vontade de Deus.
Por fim, para colaborar com a sagrada e eminente missão, NOMEAMOS para o ofício de Cardeal Vigário para a Diocese de Roma, o nosso irmão Cardeal Klinio José Foerster. Em suma, rogo as bençãos de Deus e dos Santos Apóstolos, sobre a insigne tarefa que o Senhor nos pede.
Dado e passado em Roma, cidade eterna, aos doze dias do mês de dezembro do ano da graça do Senhor de dois mil e vinte e três, primeiro do nosso Pontificado.